Tema tabu entre as famílias brasileiras, mesmo em momentos difíceis, o assunto de dinheiro e gestão financeira precisa fazer parte das discussões junto aos pequenos.

Muito provavelmente você não recebeu noções de finanças na escola. Não é um tema que faça parte da grade escolar de um brasileiro, apesar de lidarmos com dinheiro uma vida inteira.

Isso se dá por que culturalmente, somos um povo mal resolvido quando o assunto é dinheiro. Para o brasileiro, a prosperidade ainda é algo distante para muitos ou também símbolo de vergonha.

Por isso, falar de dinheiro desde cedo pode fazer a diferença para nossas crianças, pois não se trata apenas de dinheiro e sim de ensinar a gerenciar recursos, quais sejam eles. Por isso, quanto mais cedo conhecerem, maiores as chances de desenvolver uma boa relação com o dinheiro.

Veja algumas dicas de por onde começar a falar de dinheiro:

  • Explique o valor das coisas – pegue uma nota de 5 reais e correlacione com o que dá para comprar no supermercado, com este valor. A ideia é mostrar que tudo o que se consome custa.
  • Dê o exemplo – crianças absorvem pelo exemplo. Por isso, discussões sobre dinheiro devem ser saudáveis e sem margem para interpretações negativas. Por isso, ou o casal deve cuidar com o que falam, ou o façam longe dos olhos dos pequenos.
  • Mostre de onde vem o dinheiro – eles precisam entender que o dinheiro vem do trabalho, exige sacrifício, por isso precisa ser valorizado. Não raro, a criançada que vê um cartão de crédito acredita que aquele plástico é fonte infinita de dinheiro.
  • Use exemplos da vida real – leve seus filhos às compras, ao banco ou caixa eletrônico. Estas situações ensinam sobre compras, economia no dia a dia, poupança e como funciona um depósito de dinheiro.
  • A velha tática do cofrinho funciona – É o momento de ensinar sobre poupar dinheiro. Para isso, forneça um cofrinho bonito e, de preferência, transparente, para que percebam o acúmulo gradual do dinheiro. Esse habito permite à criança começar a estabelecer objetivos. Faça os pequenos listarem aquilo que desejam adquirir com suas próprias moedas, bem como a definição de algumas ações que os ajudem a chegar nos objetivos.
  • Ensine aos pequenos o valor de doar – a educação financeira precisa trazer no bojo, o aprendizado sobre a responsabilidade social. A noção de ter que dividir recursos com quem precisa é fundamental para uma boa base. E não precisa necessariamente ser dinheiro, mas vale para brinquedos, roupas, comida…

Com certeza, crianças cujos pais tiverem a preocupação de trazer este conteúdo de forma leve e útil, lidarão muito melhor com seus recursos. Fará uma diferença enorme na conduta dos adultos do futuro. Um conhecimento que não ocupa espaço nem se esgota. Mãos à obra!

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